O Câncer de Bexiga pode ser agressivo. Ele acomete cerca de 10 mil pessoas por ano, sendo 70% dos casos em pacientes homens.
Estimativa de novos casos: 11.370, sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres (2022 – INCA)
Número de mortes: 4.929, sendo 3.325 homens e 1.604 mulheres (2021 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).
Sangue na urina é o sinal clínico mais comum associado ao câncer de bexiga. A hematúria, que é o sangue na urina, não significa necessariamente que uma pessoa tem câncer de bexiga. Isso pode ocorrer em condições não cancerosas, como infecções do trato urinário, pedras nos rins, aumento da próstata e doenças do rim. Ultrassom e ultrassonografia são os exames diagnósticos mais recomendados.
A maioria dos cânceres (65%) de bexiga são diagnosticados em estágio inicial, quando o câncer é altamente tratável, e o tratamento da doença costuma ser cirúrgico. Mas mesmo os cânceres de bexiga em estágio inicial podem voltar após o tratamento bem-sucedido.
Por esse motivo, pacientes com câncer de bexiga geralmente precisam de exames de acompanhamento por anos após o tratamento para verificar possível recidiva.
Fatores de risco
Seu principal fator de risco é o cigarro: fumar triplica o risco de câncer de bexiga em relação a nunca fumar.
Idade e raça – Homens brancos e de idade avançada são o grupo com maior probabilidade de desenvolver câncer de bexiga.
Outros fatores de risco: exposição a diversos compostos químicos, como aminas aromáticas, azocorantes, benzeno, benzidina, cromo/cromatos, fumo e poeira de metais, agrotóxico, óleos, petróleo, droga antineoplásica, tintas, 2-naftalina e 4-aminobifenil.
Trabalhadores da agricultura, construção, fundição, extração de óleos e gorduras animais e vegetais, sapatos, manufatura de eletroeletrônicos, mineração, siderurgia; indústria têxtil, de alimentos, alumínio, borracha e plásticos, sintéticos, tinturas, corantes, couro, gráfica, de metais, petróleo, química e farmacêutica, tabaco; cabeleireiros e barbeiros, maquinistas, motorista de caminhão e de locomotiva, pintor, trabalhador de ferrovias, trabalho no forno de
coque e tecelão podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento do câncer de bexiga.
Tratamento do câncer de bexiga
As opções de tratamento deste tipo de câncer dependem do grau de evolução da doença.
A cirurgia pode ser de três tipos: ressecção trans uretral (quando o médico remove o tumor por via uretral), cistectomia parcial (retirada de uma parte da bexiga) ou cistectomia radical (remoção completa da bexiga, com a posterior construção de um novo órgão para armazenar a urina).
Nos casos de lesões iniciais, após remoção total do tumor o médico pode administrar a vacina BCG dentro da bexiga para tentar evitar a recorrência da doença.
Outra alternativa é a radioterapia, podendo ser adotada nos tumores mais agressivos como técnica para tentar preservar a bexiga.
A quimioterapia também pode ser sistêmica (ingerida na forma de medicamentos ou injetada na veia) ou intra vesical (aplicada diretamente na bexiga através de um tubo introduzido pela uretra).